Friday, July 21, 2006

camera lenta

"look at us through the lens of a camera..."
mistas, apetece-me tostas mistas, escrever nas paredes e tirar fotografias soltas a negativo da realidade de fantasia e confusão que se esfuma nos meus dedos enquanto a tento agarrar e fecho os olhos...
"As you walk out"
chove dentro do meu quarto sem nuvens; tropeço em lascas de madeira que penetram a minha carne de dentro para fora; escrevo nas paredes toda a confusão que me percorre os neurónios numa tentativa vã de me organizar e fico ainda mais desorientado.
"Be close to me"
procuro a bussola sem te querer acordar e o Norte não existe, é como um relógio a andar para trás meses e meses sem conta e descubro que estou no mesmo ponto em que comecei há um ano atrás
"Keep the car on the road now"
olha para a estrada e encarrila as rodas; não tentes travar porque a borracha não adere no metal e provavelmente vais bater aos poucos e dói, isso dói - garanto - mas ninguém nunca morreu disto


"Doesn't remove all of our pain"
mas dói e mói durante um fraghmento cronológico e análogo aquilo que sentes sabes que lambes e passa

"Where we hide all of our feelings"
não vale a pena abrir o armário e meter os ossos lá dentro, também não vale a pena guardar esqueletos.
Que se foda o armário.

Sinto-me (mais) são
depois desta loucura às postas
(com a ajuda preciosa dos Editors com a música Camera)

desexta2006feira21julho

Culpas e desculpas semeadas aqui e ali, nada a apontar; inocentes até prova em contrário.
Começa a vida com um sopro salgado que nos escorre pelas almas gêmeas durante uns meses.

Os passos são para ser dados conforme a extensão da perna.

Ter sempre atenção aos buracos, não porque caímos neles, mas porque tentámos sair a arrancar unhas com o desgosto que irá passar daqui a pouco.
Dorme encostada a mim, com a cabeça no meu peito; está tudo bem, não chores mais, não queimes a minha pele com sal, não me transformes em Cartago.

Acabaram-se as forças...
Até já.