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Há algum tempo atrás nem sabia o que era isto: acordar e sentir a falta, odorizar algo que me recorda alguém... Sentir na pele o calor como se estivesse em contacto (como quando se pressiona uma pele gelada e fica a marca; como quando apanho um escaldão e ponho o dedo e fica a marca!)
Saudades!

Revoltar-me com coisas que não me afectam directamente mas por osmose batem no fundo e deixam-me irritado. A vontade de partir os dentes a pessoas que não conheço!

A vontade de agarrar e proteger alguém vem de onde?!

Daqui? Dali!

Gostar é isto?! Gosto de gostar, de proteger, de sentir o peito a explodir de todas as emoções; de adrenalizar as situações e sentir este Momento como se fosse o ÚLTIMO!

GOSTO!

figos e manteiga

Agarrado, acompanhado por um cheiro que nós é familiar. Estar horas sem conta a abrir os olhos e saber que ela está ali ao lado. Emperna-se e desemperna-se, dá-se a mão, um beijo, um pouco de nós.
É uma partilha, no fundo, troca-se tudo em doses não regradas. Aqui não podem haver regras, não há júris, só duas pessoas que dão o que possuem sem cobranças...
Figos com manteiga, frascos que teimam em ficar fechados até ao momento certo. A oportunidade dita o momento, nada é controlado, só espontâneo e sentimo-nos bem assim.
O leito do rio de paixão japonês agarra a essência do par para só um recordar quando nele mergulha.

Sopra-lhe ao ouvido:

Estás mal habituada!


com a mesma força que lhe declara a paixão...