Tuesday, December 05, 2006

ismos

Mas que tipo de Demiurgo sou eu? Um Deus que não controla o que se passa à sua volta, que não tem o poder de estalar os dedos e modificar o que bem lhe apetece.
Anda meio mundo a enganar outro meio. O meu ego engana-me o alter-ego e já não sei que lhes diga mais.
Os meus desejos estão avessos às minhas acções e passo a vida a atirar areia para os meus próprios olhos. Alguém tem um maçarico à mão para transformar esta sílica em vidro(?); assim talvez comece a ver alguma coisa.
Falta-me o discernimento.
Tu és a pessoa que quero na minha vida, a que sempre quiz e sempre tive consciência disso, no entanto estou aqui atolado em barro e nem com matéria prima consigo criar uma Homúncula que me satisfaça um por cento do desejo.
Alquimistas há muitos, e eu sei, fui eu que os criei, só é pena que ainda não tenha inventado a máquina do tempo, o teletransporte e outros que tal.
Gosto de ti, com egoísmo, sadismo, masoquismo mas gosto.

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